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28/02/2011

Líbia



Poderia escrever ainda muito mais coisas sobre a Líbia. E como gostaria de as saber escrever!

Mas quando se imagina que o intangível  azul do mar de Sabratha ganha as cores rubras do sol a escapar ao fim do dia pelas entranhas do teatro, é um ruidoso silêncio que nos consome.


É um credo de vazios, uma ausência do nada que se não confunde com as palmas no teatro já calado no lusco-fusco da lua, depois de poderosa apresentação; porque dessas dá-nos o compasso o lamurio elegante de ondas delgadas e suaves a embater entradas nas ruínas.
Escolho imagens; umas a seguir às outras
como se as olhasse num hino ou as confundisse no garrido dos brocados e 
dos tecidos e das especiarias 
que iluminam e perfumam a medina.


    Talvez um dia destes eu possa escrever de novo. 
Talvez eu possa voltar de novo a olhar o teatro no  mar de sabratha sem o olhar grande de  Medusa  caída do forum de Leptis Magna.








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