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31/12/2010

Ano Novo




Cerca das duas da manhã, na Baía de Todos os Santos, em dias de lua cheia, a lua projecta-se nas águas calmas sob a forma de linha ou de caminho até à ilha de Itaparica.
Observar o desencontro de forma entre a coisa e o seu reflexo e  a originalidade dos factos criados no diálogo entre elementos diversos é, de cada vez, apesar da explicação científica, um momento de espanto.
Original . Que seja assim 2011.

30/12/2010

Seguindo para o ano

Esta manhã, comentadora muito solicitada, fazendo um comentário sobre o debate entre candidatos à presidência, esqueceu-se do que ia dizer. Assumiu esquecimento de forma desassombrada e rindo, quando já não dizia coisa com coisa.

Hoje à noite passaram na televisão o Primeiro Ministro de Portugal, em Junho de 2010, a considerar  um disparate dizer-se que é necessário recorrer á redução do salários na função pública para diminuir a despesa.

O mundo é estranho; a convicção de quem  opina e a de quem manda encontram-se e plasmam-se no esquecimento. Pobres de nós!
A representação na minha foto merece melhor consideração: cada um é o que é e nada mais.

29/12/2010

Insoportablemente soñé con un exiguo y nítido laberinto:

 Faz muito tempo adicionei no final das minhas mensagens este fragmento de um poema de   J. Luís Borges.
Insoportablemente soñé con un exiguo y nítido laberinto:
en el centro había un cántaro; mis manos casi lo tocaban, mis ojos lo veían,
 pero tan intrincadas y perplejas eran las curvas que yo sabía
   que iba a morir antes de alcanzarlo

Esqueci quando foi, nem isso tem importância de maior. Lembrei-me de todo o poema, hoje, ouvindo os candiadtos à presidência da república.
Se a cantiga é uma arma, que seja de protesto para que não caiamos mortos num  qualquer labirinto

28/12/2010

Para que se não acabe

Não sendo um blog onde escrevo com frequência é, por isso,  Pouco Frequente. Um blog não deve ser  isto. Não é, seguramente; mas como os blog são a exacta  dimensão da expressão livre, Pouco Frequente por ser um fluir de coisas em tempos incertos, pode usar um desses espaços de publicar coisas na corrente do tempo inconstante.
Esta foto! No meio de tantas outras apareceu esta. Contém memória  e exibe parcelas do património  colectivo;
fragmentado esperando ser refeito. Dando voltas à  austeridade e esperando que esta não ouse deixá-lo abandonado às pontas de picaretas afiada, como discurso vazio dos tempos que correm por aí.