Foi no rádio que ouvi o Sócrates dizer que não nos preocupemos, que está tudo bem. Como não lhe vi a cara não sei se disse isto sem se rir.
De repente, achei que o rádio tinha ensandecido; tinha acordado ouvindo conselhos para fazer contas e, afinal, ao fim do dia não valia a pena tanta preocupação. Como durante todo o dio a Rádio fez tanto folclore em torno do Barcelona -Real de Madrid, ainda pensei que era do desempenho do Cristiano Ronaldo que o nosso primeiro ministro estava a falar — o pobre nada tão apagado que estaria hoje a fazer um jogo à sua boa maneira. Mas não; o fluir do discurso deixou claro que o truque, do bem estar apresentado um dia antes da desgraça que será o dia seguinte, faz parte do descaramento e baixo nível da campanha eleitoral.
Fiquei chateada.
Corri para casa para ver o Messi, jogadas e dribles a sério e limpos, com os quais vale a pena vibrar. Desliguiei o Rádio e apeteceu-me soltar um palavrão.
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